Um dos segredos da Rockstar para fazer de GTA um sucesso é apostar em
uma fórmula que mistura um realismo extremo com elementos fantasiosos
que jamais seriam possíveis nas ruas das cidades reais. Afinal, quem já
imaginou pegar um carro para dirigir sem se importar com qualquer lei de
trânsito?
Pois é exatamente isso que não queremos perder no novo game. Alguns
dos rumores em torno do jogo afirmam que a polícia será mais atenta e
que até mesmo delitos “menores”, como excesso de velocidade ou aquele
sinal vermelho furado na pressa, farão com que você ganhe uma estrela no
medidor de perseguição.
Na verdade, trata-se de uma questão que divide opiniões. Por um lado,
pode ser uma adição interessante, se bem usada. Isso deixaria o título
muito mais realista, contanto que a prisão só seja decretada caso você
seja pego em flagrante cometendo alguma infração. Nessas condições, não
há do que reclamar.
Por outro lado, se for algo automático ou não pensado com cuidado,
corremos o risco de ter uma mecânica restritiva e capaz de nos cansar em
pouco tempo. Boa parte da diversão em GTA está em pisar fundo no
acelerador e sair destruindo tudo o que aparecer na sua frente, sem se
importar com o tráfego ou com o que o Detran de Los Santos tem a dizer.
Metade do charme morre se você for obrigado a parar no semáforo ou tiver
que escapar de viaturas a todo o instante.
3. Personalização de armas
GTA nunca foi um shooter, mesmo com sua extensa lista de armas
disponíveis para ajudar em sua vida criminosa. A essência da série
sempre foi algo mais solto em que a diversão está naquilo que você faz, e
não exatamente como aquilo é realizado. É por isso que inserir
customização e evolução de equipamentos é algo arriscado.
Melhorar suas armas pode ser algo bem útil em outros jogos, mas não
se encaixa na proposta da série. Pense em quantas vezes você realmente
se importou com a arma usada nos jogos anteriores. Praticamente nenhuma,
não é mesmo? Isso porque o que torna a franquia tão divertida é
exatamente a liberdade descompromissada que temos ao sacar uma pistola
ou metralhadora.
No final das contas, não nos importamos se aquele fuzil causa 12 ou
15 de dano, mas se ele é capaz de matar aquele adversário antes que a
polícia chegue. Arriscar essa abordagem pode fazer com que GTA V se
aproxime de muitos games de tiro em terceira pessoa existentes por aí —
algo que não queremos ver de maneira alguma.
4. Multiplayer vagabundo
Uma das piores manias desta geração é a de colocar multiplayer em
tudo. Jogos que nasceram focados na campanha para um único jogador
receberam um modo extra para que você possa desafiar ou colaborar com
outras pessoas. Embora alguns títulos realmente tenham conseguido pensar
em alternativas diferentes e funcionais — como Assassin’s Creed 3 —,
outros não deram tão certo. É o caso de Grand Theft Auto.
Ampliar (Fonte da imagem: Divulgação/Rockstar)
A Rockstar até tentou inserir modos para múltiplos jogadores nos
games anteriores, mas os resultados nunca foram satisfatórios. Por mais
que a ideia de colocar todo mundo na cidade em um enorme Deathmatch
pareça interessante, ela é rasa e não se sustenta como em outros
títulos.
É por isso que, em GTA V, queremos um multiplayer que realmente valha
a pena. A ideia de explorar Los Santos no modo online pode até ser
reaproveitada, contanto que tenhamos modos diferentes que explorem a
imensidão do mapa de maneira ideal.
Se a produtora conseguir criar maneiras diferentes e criativas de
explorar as características da série, podemos ter algo interessante e
bem diferente daquilo que vemos em todos os lançamentos recentes. Caso
contrário, que a Rockstar continue com o single player, que é o que ela
faz de melhor.
5. Modo zumbi
Por tudo o que é mais sagrado nesse mundo, chega. Zumbis são legais,
mas isso não é desculpa para colocá-los em todos os jogos que chegam ao
mercado. A piada com os mortos-vivos já deu e ninguém mais aguenta
encarar “novos” modos com a mesma proposta.
AmpliarPor tudo o que é mais sagrado: parem de colocar zumbis em todos os jogos! (Fonte da imagem: Divulgação/AMC)
É por isso que pedimos encarecidamente à Rockstar que ela não queira
fazer o mesmo com GTA V. A brincadeira ficou legal em Red Dead
Redemption, mas porque o game a inseriu em um contexto totalmente
condizente com a temática proposta. Mas, em Grand Theft Auto, qual seria
a justificativa para o apocalipse? 2012? Por favor, não.
Além disso, ninguém mais aguenta matar zumbis. A infestação já dura
três anos e deixou de ser divertido, absurdo ou qualquer outro adjetivo
usado para descrever a matança de devoradores de cérebros há muito
tempo. Se for para fazer algo diferente, deixem os mortos em suas tumbas
e apostem em outro nicho, como dinossauros, aliens ou paçocas — mas
chega de zumbis!
Façam suas apostas
Essas são apenas alguns dos elementos que não queremos ver em GTA V,
mas isso não quer dizer que eles são os únicos. Mesmo a Rockstar sendo
uma referência em ótimo desenvolvimento, isso não a torna isenta de
cometer alguns erros. Por isso, queremos saber quais os recursos ou
elementos que você não quer ver no jogo. Certamente você deve saber de
alguma característica que também não se encaixa na proposta da série e
que ficaria muito boa bem longe dela. Por isso, conte nos comentários
qual sua opinião.
Porém, e se o estúdio decidir nos ignorar e colocar tudo isso na
versão final do game? Por mais frustrante que seja dizer isso, tenho
certeza de que esse fato pouco vai importar e que vamos comprar o jogo
de uma forma ou de outra. Afinal, você já sabe: dane-se, é GTA V!
Tecmundo
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